
Após um dia movimentado no mercado financeiro, o dólar subiu e voltou a bater recorde. Nem mesmo as notícias vindas do exterior e a intervenção do Banco Central, depois de cinco dias sem ações, seguraram as cotações.
Em alta pelo 11º dia seguido, o dólar comercial encerrou a quarta-feira (4) vendido por R$4,65. A moeda chegou a estar em queda nos primeiros momentos da negociação, mas ainda no meio da manhã, disparou.
O real se tornou a moeda que mais perdeu valor em 2020. O euro também bateu recorde e fechou em R$5,105, alta de mais de 1%.
Depois de cinco dias, o Banco Central (BC) voltou a intervir no câmbio. A autoridade monetária leiloou US$ 1 bilhão em novos contratos de swap cambial. O BC também rolou (renovou) R$ 536,75 milhões de contratos de swap que venceriam em abril.
Além da divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos) cresceu 1,1% em 2019, o mercado foi influenciado pela queda repentina dos juros pelo Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, que pode interferir nos juros básicos brasileiros, forçando novas reduções da taxa Selic (juros básicos da economia).
Ontem (3) à noite, o Banco Central emitiu comunicado informando que comparará qual efeito prevalecerá sobre a inflação: a desaceleração da economia global provocada pelo coronavírus e a deterioração dos ativos financeiros (alta do dólar e queda da bolsa).
Contrariamente ao câmbio, o mercado de ações teve um dia de recuperação. Depois de um dia de queda, o índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), encerrou a quarta-feira aos 107.224 pontos, com alta de 1,6%. O índice refletiu o otimismo das bolsas norte-americanas, que subiram após a vitória do democrata Joe Biden na maioria dos estados que realizaram primárias ontem.
Com informações da Agência Brasil
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